segunda-feira, fevereiro 26, 2007

...

Jorge Bica

há manhãs de chuva
que molham a alma
apenas pelo lado de fora

há tardes de sol
que queimam o corpo
realidade adentro

há noites de luar
que riscam a vermelho
o peito desiludido dorido enxuto
de tanto esperar pelo dia seguinte

tu tu banhas as pétalas
do meu sonho revolto envolto
em círculos ténues
de tempestades perenes
de verdadeiro estio
e estás sempre pronta a irrigar
de pranto de alegria de esperança
o meu plantio isto é
as minhas terras de cultivo

Manuel Fontão


7 comentários:

Páginas Soltas disse...

Belo Poema de Manuel Fontão...

Voltarei para ler muitos mais..

Beijinhos e uma boa semana

Maria

DE-PROPOSITO disse...

Há noites de luar...
As noites de luar são para sonhar, e através do sonho podemos ser tudo um pouco, até poetas.
A lua e tantas coisas belas que nos rodeiam, todas elas são fontes de inspiração para o ser humano.
Fica bem.
E que a felicidade ande por aí.
Manuel

Anónimo disse...

O bom das manhãs de chuva é que muitas vezes são seguidas por tarde de sol, exceto no inverno. E nada como uma bela tarde precedendo o anoitecer mágico!

beijos

Anónimo disse...

manhãs
tardes
noites

tu, vida.

Lindo o poema e a foto

Beijinho
Luísa

Anónimo disse...

A semente espera, a chuva que cai, alimento, luz do sol que aquece a alma e faz brotar os sentires de alguém que sabe, simplesmente esperar!

Anónimo disse...

As noites de luar são perfeitas para os poetas,nelas desnenham seus poemas de aguarelas,enquanto emainados pelos raios da lua,soltam as palavras entre entre os dedos...

Beijinhos Zita

Anónimo disse...

Parabéns Fontão!!

Vive intensamente cada dia: de manhã, de tarde e à noite.

Abraço