Sozinha, sempre. De carro.
Janelas abertas. Música baixa para sentir todos os sons do mundo.
O momento em que o dia se despede da noite.
Encontro e desencontro.
Alegria.
Abraço. Beijo.
Dor.
As luzes das casas que se começam a iluminar. As pessoas chegam a casa, calmas.
Sorriem.
Paz. Tranquilidade.
A noite, inocente na sua semi obscuridade, caminhando para o silêncio.
Luzes dentro das casas. Pessoas felizes, beijando-se.
Encontro. Desencontro.
Abraços. Palavras. Sorrisos.
Amigos.
Sozinha na Terra.
Poderia ir até ao fim do mundo levada pela magia da hora.
Reencontro consigo.
Mas o crepúsculo é mortal. E a noite gigante.
Pára o carro.
Escuridão.
Luz em casa.
Abre a porta, nova.
sandra cardoso