"Lautaro foge de Santiago na noite mais escura de Verão, sem ser visto pelas sentinelas e sem alertar os cães, que o conhecem. Corre pela ribeira do Mapocho, escondido pela vegetação de canas e fetos. Não usa a ponte de cordas dos huincas, atira-se às águas negras e nada, com um grito de felicidade sufocado no peito. A água fria lava-o por dentro e por fora, deixando-o limpo do odor dos huincas. Com grandes braçadas, cruza o rio e emerge na outra margem recém-nascido. Inche Lautaro! Sou Lautaro!, grita."
Isabel Allende
in Inés da Minha Alma
Difel, Set.2006, p.293
6 comentários:
Vim ver e gostei! PArabéns
jnhs doces
"...emerge na outra margem recém-nascido."
E se a vida fosse assim ...simples?!
Beijinho
Luísa
P.S. Tenho passado por cá!
ibidem...
beijinhos
Que tal é o novo livro dela? Estás a gostar? Ando a pensar se o compro para o Natal.
Beijos
As águas tudo purificam!
Sobre este blog: a prova que o bom gosto existe apesar de aqui por baixo-SUL- termos noticias de Vila do Conde - China Town.
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