Que súplica imprecisa nos ruídos
presenças indizíveis no meu quarto
a soprar vendavais nos meus ouvidos
e a seguir-me com pálpebras paradas.
Quem vem assim colher o que deixou
um naufrágio perdido no meu sangue?
Como abelha a sugar a flor da alma
liberta. Mas exangue.
Natália Correia,1955
in O Sol nas Noites e o Luar nos Dias I
Círculo de Leitores, 1993, p.87
2 comentários:
Uma flor bonita, acho que é uma estrelícia. Um poema bonito da Natália Correia (uma GRANDE SENHORA).
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel
E pk o amor espreita a cada esquina... existe sempre um retorno que nos sopra nos ouvidos o som do amor.
Belo o Poema, bela a foto
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