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Alba Luna
Sedentas de olhares
minhas raízes rasgam
solos duros
riscam palavras de luz
no granito escuro.
Sedentas de olhares
minhas raízes lançam-se
no oceano obscuro
dançam palavras de sol
na água gélida.
Sedentas de olhares
minhas raízes saltam
horizontes nocturnos
gritam palavras de vento
no deserto futuro.
Sedentos de raízes
meus olhares fogem
do país de vidro.
Sandra Cardoso
6 comentários:
Acho que já te pude segredar uma frase que aprecio...
"Uma vela não perde o seu brilho por partilhá-lo com outra vela"
Certa de que nunca perderás o teu brilho peço-te que continues a partilhá-lo connosco, a iluminar, a dançar e gritar o melhor de ti (como sempre!). Pode ser que consigas semear a sensibilidade e a ternura!
Um beijinho
Sedentos de equilíbrio
os meus pés ferem-se
nos pedaços cortantes
do optimismo que se desmorona.
A cor-de-sangue do meu sangue
deixou de ser vermelha;
dilui-se no cinzento-escuro
de que é pintado o país de vidro...
... tenho de acabar com esta mania de andar descalço por aí...
Vim ler-te e deixar-te um beijo
Sedentos de raízes.
A poesia é rica em interpretações, e eu neste caso interpreto o texto como querendo dizer ´sedento de desejos, sedento de carinhos'.
Fica bem.
Felicidades.
Manuel
Os olhos têm a capacidade de ficarem presos, com raízes, em momentos bonitos.
Bj
A realidade fria dos números (que pode ainda ser mais significativa em termos negativos), não pode enganar quem pretenda tomar posição nesta matéria. Como em tantas outras em que este país é fértil...
A falta de informação, de escolaridade, de educação -chamem-lhe o que quiserem, está na base deste drama que não vai ficar por aqui, seja qual fôr o resultado do referendo. Porque as mulheres portuguesas mais pobres vão continuar mais pobres para parir ou para abortar e apenas o SIM as poderá afastar do enxovalho da prisão.
Mais palavras para quê?
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