
Maria de Fátima Silveira
Quando te conheci
Eras o concerto
Trompete, Jazz improvisado
Moravas na pauta de música
E a tua janela ficava na segunda linha
Perto da Clave de Sol
O cartaz indicava o café concerto
Da rua do sonho a seguir à travessa da realidade
Não houve respiração quando chegaste
No vestido Semibreve de cristal
E a pouca luz que define a tua silhueta
Causava alegria
A sala cheia, o ambiente tornado íntimo
Também eu estava
O microfone ligado
Foi o passaporte de magia
Cada pedaço teu, feito de som
O ar inundado de emoções
As palavras de veludo
Percorrem a pele arrepiada
E entram dentro de mim
Os teus lábios não escondem nada
Piano de cauda, aberto
Imagino os teus dedos compridos, delicados
Que quase me tocam devagar…
Tanto viver
O teu concerto nunca terminou
Quando te conheci
Corri depressa para agarrar essa noite
Dum tempo que não era meu
Não importa
Porque hoje, ainda recordo a tua voz doce
Como se cantasses só p´ra mim
Celso Silva
2006
9 comentários:
Neste sábado ao som cadente da chuva que embala, visito as páginas que mais aprecio e cuja qualidade me atrai. Parabéns e bom fim-de-semana, pois aqui descanso os olhos no teu magnífico blogue.
Fantástica a forma como são traduzidas em palavras a magia e a música que vestem o momento em que nos apaixonamos...
Dupla felicitação:
ao autor e a ti (tenho saudades tuas!)
BEIJINHOS
Belo, este poema!
Beijos e um bom fim de semana
Celso:
Não tenho palavras....
Obrigada
Anita
Celso:
As emoções que consegues descrever com as tuas palavras anulam a fronteira da realidade e do sonho ...
Olá vizinha... estamos sempre a descobrir amigos próximos da gente.
Sem palavras..
A imagem que acompanha o poema leva-me para AL Pacino no filme Perfume de Mulher.. A cena da dança que é espectacular....e não necessita de palavras...
Olá Alvabranca.
Bem-vinda à minha estrelinha.
Beijinho
Caríssimos amigos da Af.S.
Que melhor poema poderia ilustrar a noite de 24 de Nov. de 2006?!!
O nosso concerto, meus amigos, nunca terminará!!!
Beijinho e saudades a todos
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